quinta-feira, 21 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009


Qual é a sua cor?

Léo Silva

Professora americana fala sobre os resultados das políticas de Ação Afirmativa nos EUA

No momento em que estão sendo aplicadas, no Brasil, as primeiras políticas de ação afirmativa é interessante conhecer a experiência de outros países. Para saber os resultados alcançados por essas políticas nos EUA, o Portal entrevistou a professora Kim Williams, da Kennedy School of Government (Universidade de Harvard). Autora do livro Mark One or More: Civil Rights in Multiracial América (2006), a professora pesquisa as políticas raciais, movimentos sociais e imigração nos EUA.

Em dezembro, Kim esteve no Brasil para falar sobre o critério de raça no censo americano de 2000. Esse critério é importante para orientar a alocação de recursos pelo governo americano e verificar os resultados das políticas públicas. No Rio, os resultados de suas pesquisas foram apresentados no Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e no Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).

Nas apresentações, ela falou sobre o surgimento do movimento multirracial (ver link no fim da matéria), sua origem social e a apropriação de sua pauta pelo Partido Republicano e pelos conservadores em geral.

Pela internet, a professora respondeu a perguntas sobre o impacto das políticas de ação afirmativa nos EUA sobre a população negra, a incorporação de outras minorias e o futuro dessas políticas, após terem sido quase proscritas por uma decisão da Suprema Corte dos EUA, assim como do papel do movimento multirracial e da apropriação de sua pauta por políticos conservadores.

Quanto o padrão de vida da população negra americana melhorou como consequência das políticas de ação afirmativa?

Isso depende da referência que se escolhe para determinar o que seja "progresso". Por um lado, cerca de um terço de todos os negros, hoje, está na classe média. Isso é mais do que sempre foi e muito deste progresso está relacionado ao recém conseguido acesso à educação e as subsequentes oportunidades de emprego que começaram a acontecer após a passagem do marco da legislação dos direitos civis nos anos de 1960. Por outro lado, em torno de um terço dos negros permanecem atolados em profunda pobreza. Em um país rico como o nosso, isto parece tanto inaceitável quanto evitável. ( leia o restante da entrevista acessando o link)

retirado do site da revista educação pública - link disponibilizado neste blog